Por que o novo é temido? Porque ele ameaça o que está estabelecido, contesta o que é convencional e faz mais: desafia todas as regras. Por que algumas pessoas tendem a evitar o novo? Porque junto dele vem um sentimento, um tanto quanto desagradável, que é a insegurança. E como sempre queremos garantias, não dá para confiar no novo, afinal, o que nos assegura que vai dar certo?

Já algumas pessoas evitam o novo para não ter que refletir, ou mesmo, para não ter que entrar em contato com conflitos internos, que gera outro sentimento tão desagradável quanto à insegurança: o desconforto. E por que será que fugimos do novo? Porque ele nos obriga a sair da zona de conforto. E ao sair nos vemos obrigados, principalmente, a reaprender uma série de coisas, que nos deixam em estado de inércia, por se apoiar no pensamento de que: se sempre deu certo dessa forma, melhor não arriscar.

E tem também aqueles que zombam do novo, porque ele é frágil e não foi consagrado pelo uso. Porém, tudo o que hoje é consagrado, um dia já foi novo. Na letra da música “Como Nossos Pais”, louvada pela voz de Elis Regina, tem uma frase que diz ‘que o novo sempre vem’. Quer seja planejado ou não!

Independente de como for, o novo vem com uma carga emocional de sentimentos como o medo, insegurança, desconforto e a desconfiança. E o sucesso, vai depender de como você irá administrar estes sentimentos. A melhor maneira é negociar com sua parte medrosa, insegura e desconfiada, conversando, ouvindo e dando garantias a cada uma delas, que por fim se harmonizam, e os sentimentos receosos serão dissolvidos, dando a você, o ponto de partida para o novo com mais sabedoria e leveza.

Vamos fazer um exercício: você vai pegar duas folhas: em uma irá escrever QUERO...(A MUDANÇA) e na outra NÃO QUERO...(A MUDANÇA). Após, coloque uma ao lado da outra, e suponhamos que comece pela folha que conste as mudanças desejadas, você irá focar nos pensamentos que QUEREM a mudança, e olhando para a folha que NÃO QUER, vai deixar vir tudo o que a parte positiva pensa, sente e tem vontade de expor para a parte que impede a transição. Essa colocação pode levar alguns minutos, mas é muito importante que fale tudo e só termine quando sentir que não há mais nada para ser dito. Respire fundo e fique entre os dois. Este meio, representa o espaço da neutralidade.

Quando se sentir pronto (a), foque na folha que consta o que NÃO QUER, e repetirá os mesmos passos. Ao final, volte para o espaço da neutralidade, respire fundo novamente. Sinta a força e a clareza, são elas que dão maior poder de posicionamento.

Muitas vezes, nos prendemos e não nos permitimos mudar. Este comportamento vai desde de um simples corte de cabelo, até uma mudança de profissão. Deixo aqui uma reflexão:
Hoje, você sente algum desejo de mudança?
O que te impede?
Pensamentos?
Crenças limitantes?
Pontos de vista?
Medos?
Dúvidas?
Incertezas?
Experiências passadas?
E como está administrando tudo isso?