Ibejis Lendas e Contos.
Duas divindades infantis muito festejadas no Brasil, os gêmeos Ibejis, os orixás crianças que representam a infância a dualidade e o lado infantil dos adultos. Correspondência com os santos católicos: os irmãos São Cosme e São Damião.
1ª Lenda
Iansã e Xangô tiveram dois filhos gemeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas crianças do povo, e um dos gémeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda.
Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no lugar de honra da casa.
Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orisás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.
2ª Lenda
Oiá andava pelo mundo disfarçada de novilha, um dia Oxossi a viu sem a pele e se apaixonou, casou-se com Oiá e escondeu a pele da novilha, para ela não fugir dele.
Oiá teve dezesseis filhos com Oxossi, Oxum que era a primeira esposa de Oxossi e que não tinha filhos, foi quem criou todos os filhos de Oiá.
O primeiro a nascer chamou-se Togum. Depois nasceram os gêmeos, os Ibejis, e depois deles, Idoú. Nasceu depois uma menina Alabá, seguida do menino Odobé. E depois os demais filhos de Oiá e Oxossi, os meninos pareciam-se com o pai, as meninas, com a mãe, Oiá tinha os filhos que Oxum criava e assim viviam na casa de Oxossi.
Um dia as duas mães se desentenderam, Oxum mostrou a Oiá onde estava sua pele, Oiá recuperou a pele de novilha, reassumiu sua forma animal e fugiu.
3ª Lenda
Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximo a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado.
Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a Orumilá que o levasse para perto do irmão.
Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
4ª Lenda
Os Ibejis, os orixás gêmeos, viviam para se divertir. Não era por um acaso que eram filhos de Oxum e Xangô. Viviam tocando uns pequenos tambores mágicos, que ganharam de presente de sua mãe adotiva, Iemanjá.
Nessa mesma época, a Morte colocou armadilhas em todos os caminhos e começou a comer todos os humanos que caíam nas suas arapucas, homens, mulheres, velhos, crianças, ninguém escapava da voracidade de Icu, a Morte. Icu pegava todos antes de seu tempo de morrer haver chegado. O terror se alastrou entre os humanos. Sacerdotes, bruxos, adivinhos, curandeiros, todos se juntaram para pôr um fim à obesessão de Icu. Mas todos foram vencidos. Os humanos continuavam morrendo antes do tempo.
Os Ibejis, então, armaram um plano para deter Icu. Um deles foi pela trilha perigosa onde Icu armava sua mortal armadilha. O outro seguia o irmãos escondido, acompanhando-o à distância por dentro do mato. O Ibeji que ia pela trilha ia tocando seu pequeno tambor. Tocava com tanto gosto e maestria que a Morte ficou maravilhada, não quis que ele morresse e o avisou da armadilha. Icu se pôs a dançar inebriadamente, enfeitiçada pelo som do tambor do menino. Quando o irmão se cansou de tanto tocar, o outro, que estava escondido no mato, trocou de lugar com o iirmão, sem que Icu nada percebesse. E assim um irmão substituía o outro e a música jamais cessava. E Icu dançava sem fazer sequer uma pausa. Icu, ainda que estivesse muito cansada, não conseguiu parar de dançar.
E o tambor continuava soando seu ritmo irresistível. Icu já estava esgotada e pediu ao menino que parasse a música por uns instantes para que ela pudesse descansar. Icu implorava, queria descansar um pouco. Icu já não aguentava mais dançar seu tétrico bailado.
Os Ibejis então lhe propuseram um pacto. A música pararia, mas a Morte teria que jurar que retiraria todas as armadilhas, Icu não tinha escolha, rendeu-se, os gêmeos venceram.
Foi assim que os Ibejis salvaram os homens e ganharam fama de muito poderosos, porque nenhum outro orixá conseguiu ganhar aquela peleja com a Morte, os Ibejis são poderosos, mas o que eles gostam mesmo é de brincar.
*"Lendas retiradas do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi"
1ª Lenda
Iansã e Xangô tiveram dois filhos gemeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas crianças do povo, e um dos gémeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda.
Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no lugar de honra da casa.
Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orisás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.
2ª Lenda
Oiá andava pelo mundo disfarçada de novilha, um dia Oxossi a viu sem a pele e se apaixonou, casou-se com Oiá e escondeu a pele da novilha, para ela não fugir dele.
Oiá teve dezesseis filhos com Oxossi, Oxum que era a primeira esposa de Oxossi e que não tinha filhos, foi quem criou todos os filhos de Oiá.
O primeiro a nascer chamou-se Togum. Depois nasceram os gêmeos, os Ibejis, e depois deles, Idoú. Nasceu depois uma menina Alabá, seguida do menino Odobé. E depois os demais filhos de Oiá e Oxossi, os meninos pareciam-se com o pai, as meninas, com a mãe, Oiá tinha os filhos que Oxum criava e assim viviam na casa de Oxossi.
Um dia as duas mães se desentenderam, Oxum mostrou a Oiá onde estava sua pele, Oiá recuperou a pele de novilha, reassumiu sua forma animal e fugiu.
3ª Lenda
Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximo a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado.
Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a Orumilá que o levasse para perto do irmão.
Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
4ª Lenda
Os Ibejis, os orixás gêmeos, viviam para se divertir. Não era por um acaso que eram filhos de Oxum e Xangô. Viviam tocando uns pequenos tambores mágicos, que ganharam de presente de sua mãe adotiva, Iemanjá.
Nessa mesma época, a Morte colocou armadilhas em todos os caminhos e começou a comer todos os humanos que caíam nas suas arapucas, homens, mulheres, velhos, crianças, ninguém escapava da voracidade de Icu, a Morte. Icu pegava todos antes de seu tempo de morrer haver chegado. O terror se alastrou entre os humanos. Sacerdotes, bruxos, adivinhos, curandeiros, todos se juntaram para pôr um fim à obesessão de Icu. Mas todos foram vencidos. Os humanos continuavam morrendo antes do tempo.
Os Ibejis, então, armaram um plano para deter Icu. Um deles foi pela trilha perigosa onde Icu armava sua mortal armadilha. O outro seguia o irmãos escondido, acompanhando-o à distância por dentro do mato. O Ibeji que ia pela trilha ia tocando seu pequeno tambor. Tocava com tanto gosto e maestria que a Morte ficou maravilhada, não quis que ele morresse e o avisou da armadilha. Icu se pôs a dançar inebriadamente, enfeitiçada pelo som do tambor do menino. Quando o irmão se cansou de tanto tocar, o outro, que estava escondido no mato, trocou de lugar com o iirmão, sem que Icu nada percebesse. E assim um irmão substituía o outro e a música jamais cessava. E Icu dançava sem fazer sequer uma pausa. Icu, ainda que estivesse muito cansada, não conseguiu parar de dançar.
E o tambor continuava soando seu ritmo irresistível. Icu já estava esgotada e pediu ao menino que parasse a música por uns instantes para que ela pudesse descansar. Icu implorava, queria descansar um pouco. Icu já não aguentava mais dançar seu tétrico bailado.
Os Ibejis então lhe propuseram um pacto. A música pararia, mas a Morte teria que jurar que retiraria todas as armadilhas, Icu não tinha escolha, rendeu-se, os gêmeos venceram.
Foi assim que os Ibejis salvaram os homens e ganharam fama de muito poderosos, porque nenhum outro orixá conseguiu ganhar aquela peleja com a Morte, os Ibejis são poderosos, mas o que eles gostam mesmo é de brincar.
*"Lendas retiradas do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi"
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